Tinha palavras, tinha sonhos, tinha até poesia.
Milagres feitos, ceias plenas de luxo.
De sobra tinha o vento a meu serviço,
as chuvas, a lua, o raiar da luz, o cair da noite,
Tínhamos o vento, o jeito certo, a hora vaga.
A lei – que não é justa
As guerras – que não acabam
O livro – que não é lido
Tínhamos tudo, muito,
quase nada.
Era um sonho sem fim, dentro de uma alma encantada.
Éramos parvos desolados, em uma comédia - mais nada.
Éramos parvos desolados, em uma comédia - mais nada.
Era tu e o luxo.
Era eu e o fluxo.
Éramos passos, éramos estradas.
Vitrines opacas na hora do sono.
Um fim? Onde está?
O que será? Onde estamos?
Era o beijo roubado, o caco de vidro cortante,
Um transeunte – o que era
Um infante o que sou.
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