e os prazeres
desta vida
ter da sua
boca a goles
tua tez encanecida.
Tuas partes,
todas elas,
sua voz doce,
atrevida
sempre
urgente e nas beiradas:
peitos,
braços, coxas, nádegas.
Quero ver
você, bem velha
Possuí-la em
minha cama.
Vivo, morto,
nesta terra
me libero ao
que não cansa.
Quero beber
no teu copo
numa noite de
prazer
me apossar
devagarinho.
Quero ser o
que na vida
modifica os
indícios.
Ser seu
macho, seu capacho,
seu poeta,
seu vinícius.
Toda vez que
me olhar
quero que me
desrespeite:
que me traia
devagar
Quero estar
sozinho – e nunca
percebê-la
acompanhada.
Quero que
morra comigo
rumo ao
inferno, rumo ao nada.
Toda tarde em
minha casa
me abandone,
escravizado.
Toda noite na
tua casa
no portão,
abandonado.
Quero ser
aquelas flores
que te dei e
jogou no lixo.
Perfumar o
resto, a sobra,
o peixe
podre, o ovo frito.
Quero estar
na tua pele
totalmente
tatuada.
Ser o sangue
que em tu brotas
quando estás
resignada.
te acordar
com mil pedidos,
pra que mate
a minha fome
de amor e de
gemidos.
Feriados
chegarão
e estarás no
teu trabalho.
Chingarei o
teu patrão,
me humilhará
com teu salário.
Toda vez que
no cinema
Com chiclete
ou com pipoca:
e na tela uma
bosta.
Quero muito a
sua pele,
sua saliva,
seus, meus gritos.
Acordar a
vizinhança,
ver vibrar o
seu espírito.
De mãos dadas
morreremos
Já velhinhos,
eu espero.
Esculhambar
os quadrados,
Se no umbral
nos encontrarmos
tente curar
minhas chagas.
Nisso não
haverá prazer:
só enxofre,
fogo e nada.
Quero ser o
seu capacho
seu poeta,
seu vinícius.
quero estar
eternizado
neste encontro de dois vícios.
Muito criativo, intenso, apaixonante, exacerbado.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
ResponderExcluirE muito mais agradecido pelos elogios.
Grande abraço!