O "Domingão do Faustão" começou como uma grande esperança de humor inteligente no domingo global. Poucas semanas depois percebeu-se que não seria preciso nem o sushi erótico pra acabar com essa esperança.
A TV Colosso era soberana nas manhãs globais e fizeram até um filme com a Priscila, o Gilmar e demais integrantes.
A TV Manchete começou a década no auge exibindo a novela Pantanal e terminou os 90 fechando a emissora sem conseguir concluir a novela Brida inspirada no livro do Paulo Coelho.
Aliás o mago Paulo Coelho que começou a despontar nos 80 se firmou nos 90 com "Diário de um mago", "Alquimista" e por aí vai, chegou a ser escritor da moda em alguns círculos.
Conseguimos o tetra campeonato mundial de futebol. Eu disse conseguimos? É. Foi o que todo mundo pensou ao lado do Galvão Bueno gritando É tetra!!!! É tetra!!!!
Como as músicas dos 80 eram basicamente letra e teclado, o karaokê ficou na moda durante um bom tempo nos fins da década. Cantar "nem um toque e eu querendo, querendo só você nem um toque ê u u..." era o orgulho de toda menininha de óculos.
Pararam de exibir comerciais de cigarros e bebidas durante o dia.
O dinheiro brasileiro passou a significar uma cotação chamada URV (Unidade Real de Valor) e depois virou Real. Foi sepultada assim a hiperinflação. (Retorna?)
Era moda presentear as pessoas com CDs. Fazer amigos secretos com CDs. Ter uma coleção enorme de CDs. Ouvir CDs. Pegar CDs emprestados de amigos e nunca mais devolver. Então inventaram o copiador de CDs e chegamos ao ano 2000.
A Internet surgiu, mas era lenta. A melhor coisa da net eram os chats, tipo ICQ. Impossível ver um vídeo. Downloads apenas de documentos office.
A grande banda brasileira era os "Raimundos" e no mundo o "Nirvana" foi o último suspiro do já finado rock'n roll.
A grande banda brasileira era os "Raimundos" e no mundo o "Nirvana" foi o último suspiro do já finado rock'n roll.
A Legião Urbana ficou uma merda, com três discos que nunca deveriam ter vindo à luz: "O descobrimento do Brasil", "A tempestade - Ou o livro dos dias" e"Uma outra estação".
Era delicioso ver as crônicas de Nelson Rodrigues, "A vida como ela é", no horário nobre do domingo global.
As propagandas da Rider enchiam o saco. Era moda usar este chinelo fedorento e feio.
Fredy Mercury moreu de aids, Renato Russo também.
Começou nas escolas estaduais de São Paulo uma ideia inovadora chamada de progressão continuada, que devido às mas intenções da classe dominante, a falta de preparo dos professores, família e desinteresse de alunos, se transformou em aprovação automática.
Calçar All Star voltou à moda.
Havia duas assombrações bizarras apavorando as rádios: Gera samba e Cia do Pagode. As rádios tocaram tanto que mudaram os nomes dos grupos para respectivamente: "É o tchan" e "Boca da garrafa". Toda época tem sua merda musical.
O Gugu tinha um programa chamado "Domingo Legal" era uma merda, mas a molecada assistia porque naquela época não havia internet tão acessível e o Gugu mostrava mulheres peladas, aos domingos, à tarde, em TV aberta.
Todo mundo queria saber quem matou a popular Laura Palmer em Twin Peaks.
Ayrton Senna morreu na curva Tamborello.
A MTV discutia, junto com Programa Livre e outras drogas do gênero a mudança nas atitudes da geração que não queria namorar, mas ficar.
Titanic deixou de ser sinônimo de desastre marítimo para ser sinônimo de recordista de bilheteria em filmes melosos. E naquele pedaço de pau boiando cabiam os dois.
Os dinossauros ficaram na moda, além de Jurassic Park havia a inteligentíssima série "Família dinossauro". Mas ninguém estava aí pra isso, só queriam gritar "Não é a mamãe"...
Todo muro vazio tinha a palavra de ordem: FORA FHC!!!
Era descolado quem era contra a ALCA.
Spice girls e Oasis eram o ápice da música inglesa.
N' Sync e Five o ápice da música americana.
Michael Jackson ficou definitivamente esquisitão.
Esqueceram de mim atormentava as salas de cinema e quem vai culpar o Joe Pesci por participar desta bomba cinematográfica.
Os Mamonas assassinas viraram febre, traziam audiência, faziam grana e morreram numa manhã de domingo num desastre de avião muito esquisito.
Cavaleiros do zodíaco era o máximo.
A 89 rádio rock era soberana entre os roqueiros paulistas, mas havia a Brasil 2000 FM que podia ser chamada de underground, com o Tatola e o Maia.
Havia uma rádio em São Paulo chamada de Musical FM, foi a melhor rádio de todos os tempos. Tocava MPB, dava a ficha completa canção a canção. Promovia shows no Parque do Ibirapuera de cantores como Caetano, Marisa Monte, Gilberto Gil, Toquinho, Milton Nascimento, Djavan, Elba Ramalho, Carlinhos Brown e muito mais. Virou uma rádio evangélica. Triste.
Em 1999 Ziraldo lançou a saudosa revista "Bundas". Porque quem dava as caras em bundas não daria as bundas em Caras".
As novelas eram Renascer, Vamp e Torre de Babel. Mas todo mundo virou um pouco kardecista com o remake de "A viagem" e começou a brincar de deficiente imitando o Tonho da Lua de "Mulheres de areia".
Um avião da Tam caiu e mostraram no horário dos desenhos, acho que algumas crianças ficaram traumatizadas.
Ficamos durante um tempão falando de um tal de bug do milênio, que seria a pane de todos os computadores na virada do século.
Isso virou uma espécie de paranoia coletiva e Hollywood se aproveitou com filmes catástrofes como Armagedon e Impacto Profundo.
Mas o mundo não acabou, ou acabou e estamos vivendo no que sobrou de um mundo que queríamos fazer melhor e fomos incapazes.
E você? Do que lembra?
Ayrton Senna morreu na curva Tamborello.
A MTV discutia, junto com Programa Livre e outras drogas do gênero a mudança nas atitudes da geração que não queria namorar, mas ficar.
Titanic deixou de ser sinônimo de desastre marítimo para ser sinônimo de recordista de bilheteria em filmes melosos. E naquele pedaço de pau boiando cabiam os dois.
Os dinossauros ficaram na moda, além de Jurassic Park havia a inteligentíssima série "Família dinossauro". Mas ninguém estava aí pra isso, só queriam gritar "Não é a mamãe"...
Todo muro vazio tinha a palavra de ordem: FORA FHC!!!
Era descolado quem era contra a ALCA.
Spice girls e Oasis eram o ápice da música inglesa.
N' Sync e Five o ápice da música americana.
Michael Jackson ficou definitivamente esquisitão.
Esqueceram de mim atormentava as salas de cinema e quem vai culpar o Joe Pesci por participar desta bomba cinematográfica.
Os Mamonas assassinas viraram febre, traziam audiência, faziam grana e morreram numa manhã de domingo num desastre de avião muito esquisito.
Cavaleiros do zodíaco era o máximo.
A 89 rádio rock era soberana entre os roqueiros paulistas, mas havia a Brasil 2000 FM que podia ser chamada de underground, com o Tatola e o Maia.
Havia uma rádio em São Paulo chamada de Musical FM, foi a melhor rádio de todos os tempos. Tocava MPB, dava a ficha completa canção a canção. Promovia shows no Parque do Ibirapuera de cantores como Caetano, Marisa Monte, Gilberto Gil, Toquinho, Milton Nascimento, Djavan, Elba Ramalho, Carlinhos Brown e muito mais. Virou uma rádio evangélica. Triste.
Em 1999 Ziraldo lançou a saudosa revista "Bundas". Porque quem dava as caras em bundas não daria as bundas em Caras".
As novelas eram Renascer, Vamp e Torre de Babel. Mas todo mundo virou um pouco kardecista com o remake de "A viagem" e começou a brincar de deficiente imitando o Tonho da Lua de "Mulheres de areia".
Um avião da Tam caiu e mostraram no horário dos desenhos, acho que algumas crianças ficaram traumatizadas.
Ficamos durante um tempão falando de um tal de bug do milênio, que seria a pane de todos os computadores na virada do século.
Isso virou uma espécie de paranoia coletiva e Hollywood se aproveitou com filmes catástrofes como Armagedon e Impacto Profundo.
Mas o mundo não acabou, ou acabou e estamos vivendo no que sobrou de um mundo que queríamos fazer melhor e fomos incapazes.
E você? Do que lembra?
Nossa, esses anos 90 sim eu posso falar com conhecimento de causa. Cara, a novela Vamp era a coisa mais tosca do mundo e eu adorava. Renascer marcou época e é considerada entre as 10 mais de todas as listas. Percebemos sim o início da hipocrisia com proibições de comercias de cigarros. Ainda havia gente pelada na TV (que saudade). Você só esqueceu de um clássico inesquecível (ao menos para mim). Mundo da Lua... planeta terra chamando...planeta terra chamando... esta é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente do mundo da lua...onde tudo pode acontecer... Acho que nessa época eles ainda acreditavam que as crianças tinham a habilidade de pensar. E no final da década então... todo mundo cheio de teorias sobre o apocalipse. Era assustador...
ResponderExcluirGostei do texto... deu saudades.
Abraços.
PS: Para de falar mal do Titanic que isso já virou um clichê. O filme é ótimo.
Ah! Eu não falei mal do Titanic. Mas que cabiam os dois no pedaço de pau, cabiam.
ResponderExcluirEsqueci de falar do Castelo Ra tim Bum. Que não assisti, mas marcou época.
Estou me preparando pra escrever o dos anos 2000 a 2010.
É divertido escrever sobre.
Valeu pelo comentário.