Cada vez eu menos poeta
esta manhã em mim desperta
mil setas
nostalgia
de repente me lembro
e é sempre
vez por outra me encerro
e é tanto
nas mancadas, madrugadas
vez por outra
sempre é pranto
cada vez eu menos poeta
cada dia eu mais poesia
quem me dera voltar outras eras
em busca de minha alegria
o que quer que eu diga
não digo
aonde quer que eu vá
me calo
punhais, espadas e flechas
“meu reino por um cavalo”
cada dia eu menos poeta
em cada verso eu mais poesia,
a nona de bethoven?
um solo de bateria!
você com quem falo
e não calo
roda em aros
desbaratina
desde outro dia eu peco
desde outra vida vazia
em cada dia eu menos poeta
a cada verso eu mais poesia.
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