Eu que pensava que tinha tanto
Tanto a ouvir
Tanto a falar
e queria tanto crer em tanto
Quero o silêncio.
O que a fé hoje há descrença
Antes por tudo
Hoje eu mudo
Antes um surdo
Eu meio cego
Louco e imundo
De tanto em tanto
Eu calo o pranto
Descubro o manto e
Volto ao mudo.